O ultimo filme que vi foi:

Antevisão dos filmes mais esperados, críticas, apreciações.

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Mensagem por uJvgador » 22 mar 2010, 16:37

<b>Anticristo</b> - <i>Antichrist</i> (2009) <b>(7/10)</b>

Realização: Lars Von Trier
Intérpretes: <b>Willem Dafoe, Charlotte Gainsbourg</b>
Género: Drama
Duração: 104 Min.
País de Origem: <b>Dinamarca</b>

Sinopse - Após a trágica e acidental morte do seu único filho, um casal (Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg) retira-se para uma cabana isolada no bosque. Aí, esperam conseguir ultrapassar a dor e resgatar o casamento. Ele, psicoterapeuta, tenta arrancar a mulher do torpor em que se encontra, ajudando-a a enfrentar o desgosto. Mas, ela, sentindo-se profundamente culpada pela morte da criança, está a um passo da loucura. E a cabana, outrora chamada de "Éden" por ser um lugar de felicidade e beleza, torna-se a representação do medo e da loucura, levando a mulher a ultrapassar todos os limites do possível.


“A genialidade de Lars Von Trier é indiscutível, este famoso cineasta dinamarquês é responsável por inúmeras produções cinematográficas de grandíssima qualidade, como por exemplo, “Dancer In The Dark” ou “Breaking The Waves”, no entanto, este seu último trabalho, “Antichrist”, não conseguiu surpreender a generalidade da crítica especializada que trucidou esta produção após a sua polémica exibição no Festival de Cannes de 2009.“

“Os defensores desta longa-metragem argumentam que a sua polémica história aposta num subjectivismo imaginativo e surrealista que transmite criativamente os excessos lunáticos da mentalidade humana e das eternas questões bíblicas..”

“..somos confrontados com sequencias demasiado explicitas e com explorações subjectivas demasiado surrealistas que diminuem drasticamente a qualidade desta produção.”


<b>Pessoas sensíveis não devem ver este filme.</b> É um filme muito bom e muito mau. Óptima fotografia.
<b>É polémico.</b> Gosto de "polémiquices" - sobre arte é o máximo. <b>Como já referi, o cinema como arte é complexo, distorcido, imprevisível, improvável, e ou "tudo isto ao molho".</b>
Lars von Trier faz um filme pouco compreensível a uma pessoa comum e por isso a maioria acha-o chocante. Quando queremos desviar os olhos de alguma cena mesmo própria, o close é fatal, Lars obriga-nos a ver, o que não impede de fecharmos os olhos quando quisermos. Não tenho medo de ver o medo especado na tela, mas este, enrolou-me o estômago todo. Não penso que vi o medo, vi realidades que não me pertencem. Lembrei-me do SAW, vezes demais. É um filme de dificuldade de raciocínio rápido. A natureza humana deve ou não passar os limites do próprio senso?

Closes que me apetecem descrever:
- A cena de sexo inicial (esta pode levar os mais incautos a pensarem que se trata de outro tip de filme).
- Auto-mutilação genital (esguicho de sangue).
- Masturbação (ejaculação de sémen e sangue).
- O furar a carne.
- A raposa que fala.

Gostei. A narrativa e o argumento é pouco consistente, mostra de uma forma muito confusa e incerta as terríveis consequências que o processo de culpabilização tem num casal que sofreu uma perda substancial, o seu único filho ainda muito novo. No geral, talvez não chegue para ser entendido pela maioria, pois é no trabalho que a esposa (Charlotte) estudava/preparava que, as soluções básicas se encontram - <b>o tempo em que se morria por se ter nascido mulher</b>. O filme conta só com dois personagens o que para mim, requer forte motivação para ver o filme. A psicanálise resolve com palavras caríssimas as coisas naturas.. pois. A musica (som) é magnifica o que até nos leva aos imponentes cantos religiosos (Bíblia).

<b>Willem Dafoe? Outra vez fantástico como sempre.</b>



<b>Ouviste Falar dos Morgans?</b> - <i>Did You Hear About the Morgans?</i> (2009) <b>(5/10)</b>

Realização: Marc Lawrence
Intérpretes: <b>Hugh Grant, Sarah Jessica Parker</b>
Género: Comédia
Duração: 103 Min.
País de Origem: EUA

Sinopse - Maryl e Paul Morgan (Sarah Jessica Parker - Sexo e a Cidade e, Hugh Grant) são um casal perfeitamente adaptado à vida frenética de Nova Iorque. Quando, por casualidade, testemunham um crime violento e se tornam um alvo a abater, são imediatamente postos num programa de protecção de testemunhas do FBI. Forçados a deixar Nova Iorque para recomeçarem as suas vidas numa pequena cidade, no Wyoming, ficam com a sua vida virada do avesso. Agora, com pouco para fazer, sem as distracções de uma metrópole e com todo o tempo do mundo para a sua relação, estarão eles preparados para esta nova oportunidade?


Viver na cidade não é o mesmo que viver no campo – todos sabemos. No campo, ou nos confins.. longe de uma cidade qq, uma coisa tenho a certeza; passamos a ver as coisas de forma diferente, até as estrelas vistas são em maior número. Por isso, temos muito tempo para olhar-mos as coisas, a vida, os outros e nós próprios, de uma forma mais humana. Os protagonistas são bons (neste, a ruindade é humana), a história é fraquíssima e os diálogos uma "merd*". “A insuficiência qualitativa desta produção é o resultado directo de uma desastrosa narrativa e de uma desimpirada realização.” Insípido. Humoristicamente enfadonho. Um filme para não ver ou esquecer. Por fim refiro que gosto bastante dos filmes comédia/romance protagonizados por Hugh Grant, mas este.. raios..

.. Abraço.
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Mensagem por uJvgador » 24 mar 2010, 22:03

<b>Um Homem Sério</b> - <i>A Serious Man</i> (2009) <b>(6/10)</b>

Realização: <b>Ethan e Joel Coen</b>
Intérpretes: Michael Stuhlbarg, Richard Kind, Fred Melamed
Género: Comédia Dramática
Duração: 105 Min.
País de Origem: EUA

Sinopse - Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) tentou toda a sua vida ser um homem sério. Viveu sempre de acordo com a moral instituída, tendo uma vida medianamente feliz. Isto até ao dia em que a esposa o troca por outro homem e a sua credibilidade como professor de Física Aplicada é posta em causa. Subitamente, tudo à sua volta parece ruir e ninguém compreende a dimensão do seu desespero... Para onde quer que ele se vire, não parece haver salvação à vista nem ajuda prestes a chegar.

“Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) é um inofensivo e simpático indivíduo que sempre viveu de acordo com a expectativa generalizada, tendo uma vida medianamente feliz, pelo menos até ao dia em que a sua esposa o troca por outro homem e a sua credibilidade como professor de Física Aplicada é posta em causa. Subitamente, tudo à sua volta parece ruir e ninguém compreende a dimensão do seu desespero e para onde quer que ele se vire, não parece haver salvação à vista nem ajuda prestes a chegar.”

".. Michael oferece uma magnífica performance porque interpreta na perfeição um homem desesperado pela injustiça da realidade."


Lentíssimo que até dói. O filme divide-se em duas partes. A 1ª de sete minutos, até achei graça, mas não percebi a ideia. A segunda, uma grande seca de realidades. Gosto de filmes que apontem o dedo mas este.. O filme faz questão em nos mostrar que, não vale a pena andarmos à procura de respostas para todas as coisas que nos acontecem na vida. Apresenta uma reflexão sobre a sociedade contemporânea, mas achei o humor uma parvoíce.
A história de Larry está recheada de acontecimentos desastrosos que lhe dificultam o quotidiano; matrimonial, laboral, moral etc.. (quem não tem disto?). Registo que a religião da comunidade do Larry é o judaísmo – onde bastas vezes pede conselhos e obtém respostas vazias, mas arremesso-a sem qualquer pudor para qualquer religião.
Também aborda em tom crítico a sociedade, através dos muitos comportamentos inadequados das famílias (pelo andar da carruagem vai piorar).
A final o que é ser um homem sério? Vale a pena sê-lo? Humm!..
A questão humana é: Como é que Deus fala connosco?

Bom.. aos 57 minutos, a história dos dentes de "goy", parece que vai aquecer, mas.. respostas não existem (grrrrrr..). Ninguém está do outro lado quando mais necessitamos. Ninguém - essa é que é essa.
O filme não me divertiu. Não me fez rir. Não me revi nem acrescentou nada.
Considero o filme uma enorme seca.


<b>O Solísta</b> - <i>The Soloist</i> (2009) <b>(8/10)</b>

Realização: Joe Wright
Intérpretes: Jamie Foxx, Robert Downey Jr, Catherine Keener
Género: Drama
Duração: 117 Min.
País de Origem: EUA

Sinopse - O encontro entre o jornalista Steve Lopez (Robert Downey Jr.) e o sem-abrigo Nathanlel Ayers (Jamie Foxx) nas ruas de Los Angeles ficará marcado para sempre nas suas vidas. Steve fica seduzido com a forma como Nathanlel expõe os seus sentimentos através das notas do seu violino de duas cordas, pensando imediatamente cobrir o assunto num dos seus artigos no "Los Angeles Times". Ainda mais, quando descobre que o homem foi, há 30 anos, um aluno exemplar da famosíssima Juilliard School. Steve quer então compreender toda a história do músico e o que poderá ter levado um jovem de talentoso a uma vida miserável e de abandono. Uma história que começa quando Ayers deixa a escola após um esgotamento nervoso.

“Para Nathaniel, Steve é o único amigo que alguma vez teve, mas a seu ver não precisa de ser salvo. Então encontramo-nos mais uma vez perante o amor e a tragédia de duas vidas estilhaçadas.”

“O filme fala sobre a relação que se cria entre os dois e a cumplicidade entre duas pessoas que claramente não falam a mesma língua mas que se vêem, de repente, a colocar todas as suas esperanças um no outro. Fala da importância de estendermos a mão aos nossos próximos, pelo mais pequeno gesto, porque qualquer contacto por mais pequeno que seja nos redime, nos aproxima da nossa humanidade e é benéfico para o outro, traz sentido ao outro. Nesse sentido, é um filme muito emotivo.”

“[ WIKIPÉDIA] - A esquizofrenia, é um transtorno psíquico severo que se caracteriza classicamente por uma colecção de sintomas que podem ocorrer, como: alterações do pensamento, alucinações (sobretudo auditivas), delírios e perda de contacto com a realidade. Junto da paranóia (transtorno delirante persistente) e dos transtornos graves do humor (a antiga psicose maníaco-depressiva, hoje fragmentada em episódio maníaco, episódio depressivo grave e transtorno bipolar), as esquizofrenias compõem o grupo das psicoses.
É hoje encarada não como doença, no sentido clássico do termo, mas sim como um grupo de sintomas, atingindo todas as classes sociais e grupos humanos.
De acordo com algumas estatísticas, a esquizofrenia atinge 1% da população mundial, manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos, nos homens e nas mulheres, podendo igualmente ocorrer na infância ou na meia-idade.”


Um extraordinário filme, com interpretações fantásticas de Jamie Foxx e Robert Downey Jr. Por vezes pode parecer uma história lamechas, mas a verdade é que não pode ser contada de forma diferente. A musica, para quem gosta de clássicos é magnifica.


<b>Shutter Island</b> (2009) <b>(7/10)</b>

Realização: <b>Martin Scorsese</b>
Intérpretes: <b>Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley</b>, Emily Mortimer
Género: Thriller
Duração: 138 Min.
País de Origem: EUA

Sinopse – Verão de 1954. O xerife Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e o seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo) são enviados para o Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, na ilha Shutter, onde estão internados os mais perversos criminosos do país. O caso prende-se com Rachel Solando, uma perigosa assassina em série que desapareceu inexplicavelmente da sua cela e cuja única pista parece ser uma folha de papel com uma pergunta indecifrável. Os médicos, funcionários e enfermeiras da instituição não parecem empenhados em cooperar com a investigação e há algo de particularmente misterioso com Dr. Cawley (Ben Kingsley), o director do hospital. Com um furacão a aproximar-se, rodeados por um ambiente psicótico e pacientes perigosos, ambos percebem que as suas vidas estão em risco e que podem não conseguir sair vivos desta ilha maldita.

Martin Scorsese raramente nos desilude. A narrativa é complicada. Os imbróglios são constantes. O ambiente de suspeição e de incertezas torna a história estranha e difícil de mastigar em cada personagem que aparece. A dúvida e a paranóia dominam a história, fazendo-nos raciocinar, segundo a maturidade/cultura de cada um, na cena seguinte.
A conclusão final deveria ser "quase" lógica (?). Surpreende.. mas deixa muitas perguntas sem resposta. DiCaprio sentado no degrau, obriga-nos a devolver o estigma; é doente? Quem está a seu lado sentado? O "colega" policial ou o seu médico? E questiona-lhe: - O que será pior? Viver como um monstro... ou morrer como um homem bom? Imediatamente "Ruffalo", faz um sinal aos "médicos" como quem diz.. está tudo na mesma (?!#%).. O final, quiçá, mereceria outra conclusão - a maioria vai questionar-se; "então "coméqué".. acabou?.. fonix.. ($!?&)
DiCaprio, numa complexa personagem é convincente, mas aquela cara de miúdo ainda o atraiçoa. Ben Kingsley (já escrevi), onde entra nunca me engana, gosto deste actor em qualquer papel, seja protagonista ou secundário como é neste filme.
Para muitos, adivinho, é um bom ou um grande thriller, para mim, nada de mais, mais um filme que se não o visse, não perdia nada.


.. Abraço.
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Mensagem por uJvgador » 31 mar 2010, 10:35

<b>Parnassus - O Homem que Queria Enganar o Diabo</b> - <i>The Imaginarium of Dr. Parnassus</i> (2009) <b>(7/10)</b>

Realização: Terry Gilliam
Intérpretes: <b>Johnny Depp, Heath Ledger, Jude Law, Colin Farrell, Christopher Plummer, Tom Waits</b>
Género: Aventura
Duração: 123 Min
País de Origem: EUA

Sinopse - Dr. Parnassus (Christopher Plummer) é um velho mágico que fez um pacto com o diabo em troca da vida eterna, entregando a alma do seu primeiro descendente no dia em que completasse 16 anos. Durante séculos, ele e o seu maravilhoso espectáculo ambulante percorrem as cidades, oferecendo a cada pessoa um mundo fantasista e onírico onde cada um pode escolher entre as alegrias simples e os prazeres sombrios. Mas a mais amarga de todas as horas finalmente chega e o grande mestre da imaginação tem de saldar a sua dívida: Valentina (Lily Cole), sua filha, não tarda em completar a idade prometida e Mr. Nick (Tom Waits) chegou para arrebatar a sua alma. Desesperado, Parnassus apenas pode contar com a bravura de Tony (Heath Ledger), um jovem talentoso e apaixonado, que numa corrida contra o tempo, fará de tudo para libertar a jovem do seu terrível destino.

“O sonho comanda a vida”. Digo que é o filme mais original e fantástico em imaginação que vi ultimamente (merece um grande ecrã LCD LED). As interpretações, qualquer delas, são divinas. É difícil percebermos quem é o actor ou actriz que interpreta em certo momento o mesmo papel - ex. Valentina, Tony. O filme é uma mistura de génios, duas ou quatro pessoas para um mesmo papel – nem sei como descrever a “mix” entre Ledger, Jude, Depp e Colin Farrell!.. Magnânima - deve ser pouco (a morte prematura de Ledger dificultou, mas Gilliam, resolve à sua maneira). Bom.. é daqueles filmes que se fica sem respiração com a estética, amplitude da originalidade do trabalho cenográfico muito bem conseguido – que cenários espectaculares (puff..). O filme no inicio é maçador e complicado - aliás quase todos os de Gilliam, talvez até conseguirmos entender quem é quem e quais os propósitos da história e dos personagens. Outro filme que, gosta-se ou não se gosta, mas certamente sem as polémicas de Avatar</b>. Gostei de imaginar; como seria ver os meus sonhos na grande tela?

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Mensagem por RICARDOB » 31 mar 2010, 15:29

Law Abiding Citizen-Um cidadão exemplar

Um filme que conta com as excelentes interpretações de Gerard Butler e Jamie Foxx.

Contudo, o filme tem vários problemas no que concerne ao argumento.Pois, o Clyde Shelton abre túneis por baixo da prisão e ninguém nota!?Como é que ele sabia que ia ficar na solitária "x" para já ter o túnel feito nesse "x". :D

O final para mim foi atabalhoado.Merecia um fim mais consistente.

Nota:7/10
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Mensagem por bmrc29 » 01 abr 2010, 02:37

Law Abiding Citizen, como o RICARDOB também nao gostei muito do fim, mas em geral bom filme.

Filmes que vi nos ultimos tempos:

Changeling: Grande interpretaçao da jolie, acho que merecia o oscar. 9/10

Marley and Me: Muito engraçado, mas com um final triste. 8/10

Pride and glory: Como nao é de estranhar, gostei... 7/10

Seven Pounds: Adorei, simplesmente adorei. O final nao é apenas triste, é doloroso.
Uma grande interpretaçao do Will Smith. Simplesmente o melhor filme que vi nos ultimos tempos. 10/10
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Mensagem por uJvgador » 09 abr 2010, 21:46

<b>O Laço Branco</b> - <i>Das weiße Band</i> (2009) <b>(6/10)</b>

Realização: <b>Michael Haneke</b>
Intérpretes: Christian Friedel, Ernst Jacobi, Leonie Benesch
Género: Drama
Duração: 144 Min
País de Origem: Áustria
(Filme a Preto & Branco)

Sinopse – Numa aldeia remota, no Norte da Alemanha, vários incidentes vão retirar os seus habitantes da calma monotonia a que se habituaram. Esses eventos, de grande violência, parecem ser rituais punitivos justificados pela fervorosa religião protestante. Até que o professor da aldeia (Christian Friedel) começa a tentar perceber o terrível segredo por detrás de tudo.

“Trata-se de um país prestes a entrar numa guerra que resultaria em milhões de mortos e na humilhante derrota da Alemanha. Essa guerra, se esquecermos quem daria as ordens, seria protagonizada por jovens, e esses jovens teriam obrigatoriamente de um dia ter sido crianças. As crianças que vemos neste filme, e que no fundo são a sua essência, serão jovens adultos durante o Terceiro Reich. E pelas suas atitudes rígidas e rostos inexpressivos, vemos neles futuros simpatizantes Nazis. O que é assustador.”

Um filme que recebeu muitos(s) prémios e só agora me dispus a visualiza-lo. A preto e branco tenho sempre que conseguir tempo e a melhor oportunidade de atenção para visionar sem chamadas de atenção (já viste se as batatas estão cozidas? etc e tal).
Alemanha antes da grande guerra. A história é estranha, contada por alguém que a testemunhou, bastante vaga, simples em demasia – sei que Haneke não é distraído, nem inocente no que filma, mas não senti emoção, nem incomodo em parte alguma.
Uma história humana e a sua relação com a violência. É subtil. Inteligente. Mostra a disciplina absurda do tempo, a “escravatura” das mulheres (o homem era senhor soberano). A educação severa dos jovens, sem sorrisos, sem emoções. O Pastor chefe da aldeia, para o impedir o filho pré-adolescente de masturbar-se durante a noite, obriga-o a dormir de mãos atadas à cama (ops). Reconheço, não é um filme para todos os gostos e não é em absoluto o meu tipo de filme mas, é superior aos filmes de realizadores portugueses. Gostei da maneira como a violência (constante), nunca é mostrada - o que não se vê pode ser tão ou mais assustador que o que se vê.
Há quem diga que os filmes de autor são os filmes do mundo.



<b>Um cidadão exemplar </b> - <i>Law Abiding Citizen </i> (2009) <b>(8/10)</b>

Realização: F. Gary Gray
Intérpretes: <b>Jamie Foxx, Gerard Butler</b>, Colm Meaney, Bruce McGill
Género: Acção
Duração: 108 Min
País de Origem: EUA

Sinopse – Durante um assalto, Clyde Shelton (Gerard Butler) assiste, impotente, ao assassínio brutal da mulher e da única filha. Os culpados são presos, mas o procurador a quem é entregue o caso, Nick Rice (Jamie Foxx), oferece um acordo para que um deles cumpra apenas uma pena leve em troca do seu testemunho contra o seu cúmplice. Dez anos depois, o assassino, já em liberdade, é encontrado morto e Shelton confessa a autoria do crime. Preso, lança o aviso a Rice: ou este consegue corrigir a falha do sistema judicial de há dez anos ou todos os envolvidos no caso acabarão por pagar.

O argumento é genial, bem como o interesse, alma, ritmo etc, mas lá está.. um final ingénuo. No entanto cheira-me - cheira-me, que vai ser considerado um dos melhores thrillers/dramas da ultima década, quiçá, das ultimas décadas (lembrei-me tantas vezes do Saw e da argúcia do Dexter).
Há quem empregue melhor os euros mas cá "pra'mim" valeu. O final é que foi “memo memo” desprezível.. podia ser mais adulto, inteligente, merecia, mas cada um tem sempre os seus sonhos finais, o meu não seria assim. Não entendi como é que a policia destrói um edifício que é do erário público ($?!$), com tantos prisioneiros no mesmo espaço.. Enfim, não sou obrigado a entender tudo o que me querem enfiar pelos olhos a dentro.
Pelo final infantil, incauto, perde na minha classificação 0,5 pontos.



<b>Logorama</b> - <i>Logorama</i> (2009) <b>(8/10)</b>

Realização e Criação: trio francês H5
Intérpretes: <b>Logótipos mundiais</b>
Género: Animação
Duração: 17 Min
País de Origem: França

Certo dia que andava por aqui no LD em busca de conhecimento, encontro uma chamada de atenção sobre este filme pelo amigo <b>“MrDrugFree”</b>, aqui:
http://www.legendasdivx.com/modules.php ... pic&t=6982

Com a curiosidade aguçada, comprei, vi e gostei. É diferente. Inteligente. Os actores principais são os vários logótipos que se conhecem em todo o mundo ou que marcaram presença na história da publicidade mundial (Ronaldo aparece numa foto da Xerox). São estes mesmo que dão vida e corpo à história. Tem tudo; perseguições, tiros, fugas etc.. ao estilo de Hollywood. Visiona-se bem e as lembranças são muitas ao correr de cada frame. Vale pela originalidade e o empenho.
Ganhou prémios sem conta. Curta metragem animada vencedora de um Óscar 2010. Ganhou prémio de Melhor Curta no Cannes Film Festival. Participou também na Cinanima - International Animated Film Festival, Espinho - Portugal, Nov2009.

Legenda em PT no LD.


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Mensagem por uJvgador » 14 abr 2010, 16:13

<b>Caos Calmo</b> </i> (2009) <b>(6/10)</b>

Realizado: Antonio Luigi Grimaldi
Intérpretes: <b>Nanni Moretti</b>, Valeria Golino, Alessandro Gassman
Género: Drama
Duração: 105 Min
País de Origem – Itália, Reino Unido

Sinopse – Após a morte inesperada da mulher, Lara, Pietro é acometido de uma estranha mistura de caos e calma. Pietro não estava em casa quando Lara morreu. Estava na praia, com o irmão, a salvar uma desconhecida de morrer afogada. Claudia, a filha, estuda no 5.º ano e Pietro resolve esperar por ela no carro depois de a levar à escola no primeiro dia de aulas após a morte da mãe. Continua a fazer o mesmo nos dias que se seguem. Sentado num banco de jardim, à espera que a dor se abata sobre si, a tentar perceber como pode proteger Claudia. E nesse banco, enquanto observa o que o rodeia, Pietro sente as suas prioridades mudarem.

“O Vaticano e os "Cahiers du Cinéma" ficaram chocados com a cena de "Caos Calmo" que nos mostra os fantasmas sexuais de Nanni Moretti.”

“.. o Vaticano, e recordamos a polémica na altura da estreia italiana do filme, condenou a ausência de sentimentos, emoções, de uma sequência que considerou animalesca.”


Doce e terno, quase a tocar o choradinho. A pergunta é: O que fazer com o luto quando a perda é alguém que vive connosco há tantos anos? A única maneira que Moretti encontra para lidar com a questão é eleger o jardim em frente à escola primária da filha como o seu novo centro do mundo, lambendo as suas feridas (tipo cão doentio), concentrando-se no que é realmente importante - a filha que não quer mais largar dos olhos.
<b>Se não vires este filme, não perdes nada.</b>



<b>Cela 211</b> - <i>Celda 211</i> (2009) <b>(8/10)</b>

Realização: Daniel Monzón
Intérpretes: Luis Tosar, Alberto Amman, Antonio Resines, Marta Etura
Género: Drama/Acção
Duração: 110 Min.
País de Origem: Espanha, França.

Sinopse – "Celda 211" é o grande favorito dos prémios Goya 2010, tendo arrecadado 16 nomeações, mais do que "Ágora" de Alejandro Aménabar. Juan Oliver (Amman), funcionário novato de uma prisão, sofre um acidente no seu primeiro dia de trabalho, minutos antes de se despoletar um motim na secção dos presos mais temidos e perigosos, encabeçado por Mala Madre (Tosar). Os seus companheiros só podem fugir para salvar as próprias vidas e abandonam à sua sorte o corpo inanimado de Juan na cela 211. Ao acordar, Juan compreende a situação e faz-se passar por presidiário perante os amotinados. A partir desse momento, o protagonista terá que sobreviver à base de astúcia, mentiras e correr riscos, sem saber como irá acabar.

<b>FANTÁSTICO</b>
Foi por acaso que encontrei este filme. Não gosto de filmes portugueses nem espanhóis. Vi este e gostei muito. Com o andar da história, pouco mais de dez minutos, deixei de ouvir espanhol. Bom.. é um filme adulto, potente, fantástico.. do principio ao fim e para minha surpresa, as actuações são consistentes e fortes. A história e as actuações roubam-nos o fôlego. O espectador fica próximo das personagens, desmistificando estereótipos - revela como as pessoas podem ser muito parecidas, especialmente quando colocadas em situações-limite. Um trama intrigante, com pés e cabeça. Gostei da ideia de um homem que não deveria estar naquele local nem naquela hora acabar por ser a principal peça de todos os acontecimentos que irão tornar o filme denso e tenso - extraordinário. Juan teve pressa em conhecer o seu novo local de trabalho e como sabemos “a pressa não é amiga de ninguém”. Cela 211 é diferente de tudo o que já vimos, nada é semelhante e se, encontrarmos alguma semelhança é pura coincidência – diria que os outros seguiram a linha deste (rs).
<b>Vale a pena ver</b>, principalmente quem gosta de filmes de boa acção passado numa prisão.


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Mensagem por RICARDOB » 16 abr 2010, 15:17

Mulholland Drive
Realizador:David Lynch
Elenco:Naomi Watts, Laura Harring, Justin Theroux, Ann Miller

Mas que excelente trabalho do mestre David Lynch.Sendo que a interpretação da Naomi Watts é assombrosa.Na minha opinião, ela nunca mais atingiu este nível.
Neste filme está patente a crítica a uma sociedade cheia de estereótipos onde a futilidade e a falsidade impera. Onde vale tudo para atingir os fins!

E é isto que Lynch tenta fazer passar através de um humor corrosivo, de um argumento imprevisível e inesperado.

No entanto, não é um dos meus filmes preferidos de Lynch.Pois, o desenrolar da narrativa deixa-nos um pouco à toa.
Digamos que é daqueles filmes que no fim da sua visualização, continuamos a interrogar-nos sobre: "Do que trata o filme!?"
É um filme que se detesta ou gosta muito.

NOTA:8/10
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Mensagem por uJvgador » 20 abr 2010, 19:15

<b>Presente de morte</b> - <i>The Box</i> (2009) <b>(5/10)</b>

Realizado: Richard Kelly
Intérpretes: <b>Cameron Diaz</b>, James Marsden, <b>Frank Langella</b>
Género: Thriller, Drama, Ficção
Duração: 115 Min
País de Origem: EUA

Sinopse – O que você faria se lhe entregassem uma caixa com apenas um botão e que se você o apertasse lhe deixaria milionário mas, ao mesmo tempo, tirasse a vida de alguém que você não conhece? Norma Lewis é uma professora e o seu marido, Arthur, é um engenheiro da NASA. Eles são um casal com um filho que leva uma vida normal morando no subúrbio. Tudo muda quando um misterioso homem aparece com uma proposta tentadora: a caixa. Norma e Arthur têm 24 horas para fazer a escolha. Logo eles irão descobrir que certas escolhas estão fora de seu controle e vão muito além da fortuna.

Com um início fulgurante, perde-se numa mistura de “tudo ao monte..”, o espectador que se desembrulhe. O filme exige bastante do espectador e não é de fácil digestão. Foi desenvolvido a partir de um episódio da série, The Twilight Zone. Presente de Morte, podia chamar-se: Como matar a sua mulher.
É um filme mau, aborrecido, fraco e cheio de incongruências.
De que serviu o teste a que o marido foi submetido, em que teria de escolher um de três portais de água (salvação num, inferno nos outros), se ter acertado não lhe trouxe qualquer proveito? E se o casal estava assim tão mal de dinheiro, como é que habitam numa bela moradia e o marido conduz um carro desportivo? Quem são os «empregados» do bizarro Sr. Steward (dono da caixa), alguém que passou pela prova do botão ou um exercício de body snatching? As esposas são seres com moralidade mais flexível dos que os homens?



<b>Vicky Cristina Barcelona</b> (2008) <b>(8/10)</b>

Realizado: <b>Woody Allen</b>
Intérpretes: <b>Javier Bardem, Penélope Cruz, Scarlett Johansson, Patricia Clarkson</b>
Género: Drama, Romance
Duração: 96 Min
País de Origem: Espanha, EUA

Sinopse – Vicky (Rebecca Hall) e Scarlett Johansson (Cristina) são amigas e passam férias em Barcelona. Vicky está noiva e é sensata nas questões do amor. Cristina é pura emoção e movida a paixão. Durante uma exposição de arte, as duas se encantam pelo pintor Juan Antonio (Javier Bardem). O que elas não sabiam é que o galante sedutor mantém um relacionamento problemático com sua ex esposa Maria Elena (Penélope Cruz). E as coisas ainda ficam piores porque as duas, cada uma de sua forma, se interessam por ele, dando início a um complicado "quadrado" amoroso.

Existem filmes que vão ficando para trás, é um facto. Este, só estava à espera de um dia de sol. Bom.. não sei se é da idade (todos os anos tenho mais um), não sei se é dos desencantos (poucos ou muitos da vida, do amor etc e tal). O certo é que este é mais um filme que faz parte das coisas que gosto muito. Brilhante. Cada vez mais os filmes de Allen têm um fantástico argumento e ultimamente, os últimos, não me desiludiram.

.. abraço.
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Mensagem por uJvgador » 26 abr 2010, 16:00

<b>Legião</b> - <i>Legion</i> (2010) <b>(5/10)</b>

Realização: Scott Stewart
Intérpretes: Dennis Quaid, Paul Bettany, Kevin Durand, Doug Jones, Kate Walsh
Género: Acção, Fantasia, Suspense
Duração: 100 Min
País de Origem: EUA

Sinopse – Após um terrível acontecimento apocalíptico, um grupo de ilustres desconhecidos fica preso num restaurante que está completamente isolado do mundo. Um anjo desce à terra e informa o grupo que a jovem empregada do restaurante está grávida do novo messias e que os restantes anjos pretendem impedir o seu nascimento.

Prometia e ofereceu muito pouco. Lamento a minha perda de tempo.

(1) (2) <b>Brothers</b> (2009) <b>(7/10)</b>

Realização: Jim Sheridan
Intérpretes: Natalie Portman, Tobey Maguire, Jake Gyllenhaal
Género: Drama, Guerra
Duração: 105 Min
País de Origem: EUA, Dinamarca.

Sinopse – Michael (Ulrich Thomsen) tem tudo sob controle: uma carreira militar de sucesso, uma bela esposa (Connie Nielsen) e duas filhas. Seu irmão mais novo, Jannik (Nikolaj Lie Kaas), é um vagabundo que vive no limite da lei. Quando Michael é enviado ao Afeganistão em uma missão da ONU, a harmonia entre os dois irmãos muda para sempre. Michael some e Sarah é consolada por Jannik, que, apesar de tudo, mostra ser capaz de assumir responsabilidades. Quando Michael volta para casa, traumatizado por ter sido feito prisioneiro nas montanhas do Afeganistão, nada está como antes.

Bom filme. Vê-se muito bem. Gostei e nunca tive vontade de dormir. “Feridas de guerra ou lembranças de guerra” poderia ser um bom título. Dois irmãos - um herói e um bandido. A verdade nua e crua é só uma, o herói ao regressar a casa quer encontrar no irmão e ou na sua esposa, “a toda a força - forçadamente”, a mesma traição que cometeu no Afeganistão. Um filme que no final, sentimos que podia ser bem melhor. A cena em que Maguire no helicóptero é abatido é “memo memo” ridícula (por isso roubei-lhe meio ponto).

(1) “Brothers” é um remake da produção dinamarquesa assinada pela realizadora Susanne Bier em 2004.
(2) Entre Irmãos - Brasil.

.. Abraço.
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