Sim, saco roto.
Salvo honrosas excepções ("cotas", veteranos,, "velhos" e DocsPT boys), admitamos, é escusado.
É difícil distinguir quando HÁ merda, ou quando se manda À merda.
Nem me atrevo a lançar o desafio da distinção.
O que conta é a rapidez: Sai release, sai legenda.
Ainda me lembro do tempo em que havia ou não havia. Mas quando havia, havia. E a qualidade era apenas questionável por causa de uma paneleirice qualquer, tipo o contexto, ou algo pior. Eh pa... sei lá... "Well fair" traduzido por "boa vontade" ou pior. Segurança Social estava fora de questão.
Ou o eterno dilema: legendamos onomatopeias, ou não? Ehhh....
Agora, simplesmente, há. Seja o que for. Há. Fixe. Bué da fixe. "Komentem".
Dassss. Como raio vou eu descarregar umas lkejendas cujo autor clama: "Komentem"????
Compreendo que haja mais que fazer, e que seja impossível controlar as milhentas legendagens que se fazem diariamente.
Mais:
Compreendo que as mais básicas regras estejam escarrapachadas para quem quiser ler.Mas alguém lê? Nahhhhh! Primeiro borramos, e depois vemos se o vizinho se queixa do cheiro.
Mais:
Ainda bem que há tutoriais a explicar o que é uma legenda boa, comoo fazer, e etc. Ainda bem. Pois. Ainda bem.
Mais:
Ainda bem que há tanta gente voluntariosa e com espírito de sacrifício.
Valha-nos a boa vontade de muitos.
O prolema é que não chega. A boa vontade não chega! É importante, mas equipara-se a cair de mota, partir a espinha, e ser assistido por um puto de 16 anos (voluntário) que não faz a menor ideia do que é um traumatismo de coluna, e que a primeira coisa que faz é "arrancar" o capacete para saber quem és. Ou fornicar-te a espinal medula com um movimento em falso. (ai que é tão fácil).
A mêma merda é o português, e as legendas associadas. Como é possível que se veja com bons olhos a substituição de "você" por "tu" e já tá! Legandas tuga.
Maravilha!
Numa época em que 82% (Eurostat) do nosso "iluminado" povo descarta liminarmente um pretenso (ainda no papel) acordo ortográfico que unificaria a nossa língua, não deixa de haver uma certa ironia no facto (Yes, I know, I DO know) que a malta do "contra" seja rigorosamente a mesma malta das "calinadas".
Porra!
Calinadas básicas:
Há (verbo haver) - à (preposição) ex: ERRADO: Não te vejo À meses. CERTO: Não te vejo HÁ meses. ERRADO: Vai HÁ Merda. CERTO: Vai À merda.
Outra, mais preocupante, é a gaita dos hífens:
Acabaste? Acabas-te?
Terminas-te? Terminaste?
Pior:
Fizes-te??????
Eh pa...
Acabe-se com essa merda.
Sou basicamente contra o acordo. Sou daqueles que querem factos em vez de fatos, até porque nem gosto de usar gravata. E tenho um cágado no aquário, em lugar de um cagado.
Mas tanta calinada, tanta borrada, terá algum dia que ser legitimada.
Chamem-lhe acordo, chamem-lhe o que quiserem.
Anda tudo com medo de começar o dia com um "oi cara!", gritando e bradando pelo "nosso" português.
Mas ai de ti se te atreves a corrigir alguém. Levas pus cornos. Eh pa, é "escreveste" e não "escreves-te"..
Tás ver a cena?
Nahhh.
Nem a quina...
"Ê sô assim, tu só sabes é falar mal e criticar. Faz melhor"
Agradeço como se aceitasse.
Já nem sei que horas são, nem se é galo ou galinha.
Anyway, who cares?
Morte ao pitês.
Morte ao "smsês".
Pois, pois, radikal.
Phundamenta-lista.
trixtexa....
Saco Roto
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Hey, eu conheço esse Dogo Argentino!
Outrora confundido com um pit bull...
jccr, long time no see!
Falando de veteranos, he he! Como o mundo é pequeno! Já tenho sacado algumas legendas tuas, mas nunca imaginei que fosses o mesmo. Vale o Dogo, inconfundível.
Assim não me resta outro remédio que acusar-te publicamente de seres um dos resistentes, um reaccionário, um louco que ainda aceita o português como língua oficial, um alucinado que leva a sério essas tontarias de legendar filmes de acordo com umas regras não menos alucinadas que algum ditador mussolínico inventou, certamente para denegrir a imagem dos professores de português da nossa praça educativa.
Apesar dos diferendos iniciais, (muita água correu debaixo da ponte desde então), asseguro-te que é um prazer enorme encontrar alguém da Old School. Particularmente quando nunca tive oportunidade de agradecer pessoalmente as tuas amáveis palavras, num certo post de aniversário, num certo sítio, que me transformaram num tirano megalómano insano durante um bom par de dias.
Good old times, ainda assim. Estou certo que concordarás.
Por esta altura estarás a exclamar:
Ahhhhhhhhhhhh! Só este maluco, para criar um tópico destes.
De facto...
Podes calcular o meu aborrecimento quando escreví o que escreví.
Aborrecimento esse que não é em vão. O saco roto é um facto. Omnipresente.
A depauperação da nossa língua não é um facto isolado. Faz parte de um enorme conjunto de circunstâncias cuja origem tem um ponto comúm:
A educação. (Ou falta dela).
Ou talvez o nosso conceito de educação esteja obsoleto.
Honestamente?
Não sei. Já não sei.
Tenho é saudades do tempo em que se debatiam abertamente problemas como este, com alguma inteligência, em "tertúlias" (parlamentares) que valiam cada segundo empregue, e nos faziam utilizar cada neurónio operacionalmente disponível. Refiro-me, claro, aos que não estavam ocupados a digerir cerveja, he he.
O que não deixa de ser outra fatalidade. Antigamente (esta coisa de ser cota...) bebia-se em grupo, e o álcool iluminava tertúlias e discussões, sempre em mesas demasiado pequenas para alojar os "habitueés"
Hoje vomitam-se big macs e pizzas napolitanas nas mesmas mesas, após acaloradas discussões sobre a marca do telemóvel da ninah ou do ninuh.
Parace ser da maior importância, hoje em dia, que a coisa se ligue à net por uáifái. Sem uáifái não há net à borla, sem net à borla não há msn. Sem msn não há ninuhs windus nem damas hots.
What a mess.
E a quem não saiba do que é que estou a falar, fique descansado que não estou a "cilindrar" nada nem ninguém.
Não estou isento de culpa.
Como cota, como cidadão, como pai, como avô.
O facto é que a minha geração não deixa de ser responsável por esta calamidade. A nível planetário.
Mas isso é outro saco roto.
Este é apenas sobre a nossa língua.
PORTUGUÊS.
Outrora confundido com um pit bull...
jccr, long time no see!
Falando de veteranos, he he! Como o mundo é pequeno! Já tenho sacado algumas legendas tuas, mas nunca imaginei que fosses o mesmo. Vale o Dogo, inconfundível.
Assim não me resta outro remédio que acusar-te publicamente de seres um dos resistentes, um reaccionário, um louco que ainda aceita o português como língua oficial, um alucinado que leva a sério essas tontarias de legendar filmes de acordo com umas regras não menos alucinadas que algum ditador mussolínico inventou, certamente para denegrir a imagem dos professores de português da nossa praça educativa.
Apesar dos diferendos iniciais, (muita água correu debaixo da ponte desde então), asseguro-te que é um prazer enorme encontrar alguém da Old School. Particularmente quando nunca tive oportunidade de agradecer pessoalmente as tuas amáveis palavras, num certo post de aniversário, num certo sítio, que me transformaram num tirano megalómano insano durante um bom par de dias.
Good old times, ainda assim. Estou certo que concordarás.
Por esta altura estarás a exclamar:
Ahhhhhhhhhhhh! Só este maluco, para criar um tópico destes.
De facto...
Podes calcular o meu aborrecimento quando escreví o que escreví.
Aborrecimento esse que não é em vão. O saco roto é um facto. Omnipresente.
A depauperação da nossa língua não é um facto isolado. Faz parte de um enorme conjunto de circunstâncias cuja origem tem um ponto comúm:
A educação. (Ou falta dela).
Ou talvez o nosso conceito de educação esteja obsoleto.
Honestamente?
Não sei. Já não sei.
Tenho é saudades do tempo em que se debatiam abertamente problemas como este, com alguma inteligência, em "tertúlias" (parlamentares) que valiam cada segundo empregue, e nos faziam utilizar cada neurónio operacionalmente disponível. Refiro-me, claro, aos que não estavam ocupados a digerir cerveja, he he.
O que não deixa de ser outra fatalidade. Antigamente (esta coisa de ser cota...) bebia-se em grupo, e o álcool iluminava tertúlias e discussões, sempre em mesas demasiado pequenas para alojar os "habitueés"
Hoje vomitam-se big macs e pizzas napolitanas nas mesmas mesas, após acaloradas discussões sobre a marca do telemóvel da ninah ou do ninuh.
Parace ser da maior importância, hoje em dia, que a coisa se ligue à net por uáifái. Sem uáifái não há net à borla, sem net à borla não há msn. Sem msn não há ninuhs windus nem damas hots.
What a mess.
E a quem não saiba do que é que estou a falar, fique descansado que não estou a "cilindrar" nada nem ninguém.
Não estou isento de culpa.
Como cota, como cidadão, como pai, como avô.
O facto é que a minha geração não deixa de ser responsável por esta calamidade. A nível planetário.
Mas isso é outro saco roto.
Este é apenas sobre a nossa língua.
PORTUGUÊS.