Enviado: 01 fev 2014, 18:12
Only God Forgives (http://www.imdb.com/title/tt1602613/)
Nota: 6,3
Outro filme com Ryan Gosling e mais uma vez mantém as características que se lhe estão a tornar inatas: passivo e capaz de violência extrema. Começo a acreditar que fazem filmes destinados a incorporar este "estilo de Ryan Gosling", se já o podemos chamar assim. Agora vamos lá falar do filme...
É um filme parado e estranho. Até aqui tudo bem.
Se quisermos simplificar ao máximo a história, podemos dizer que, basicamente, trata da vingaça de mafiosos ou da luta de mafiosos contra a autoridade. A forma como a história é contada não tem nada de básico, os planos são estranhos e parados com personagens muito peculiares, muitas das cenas são quase que tenebrosas (algumas são-no mesmo). Tem planos muito bons. A forma como as cenas estão organizadas e certos planos mostram que este filme se acaba por encaixar no "cinema de autor", dando azo a várias interpretações. Podemos até falar de fantasia e/ou misticismo sem que isto seja absurdo.
No meu ponto de vista, a base deste filme é o conceito de "justiça pelas próprias mãos", por parte dos mafiosos (como já é habitual) e da autoridade que até a chegar a impor. Este é um tema interessante para se explorar no cinema.
Não tenho muito a dizer em relação a este filme. Penso que pela descrição que fiz facilmente se consegue transformar este filme num Grindhou, obviamente, pelas mãos de Quentin Tarantino.
Este filme ficou muito aquém das minhas expectativas, mas não odiei, apesar de compreender que não goste.
Há que dar mérito a este realizador, Nicolas Winding Refn, pelas cenas de violência - neste e noutros filmes - que tão poucos sabem fazer tão bem.
Det sjunde inseglet (The Seventh Seal) (http://www.imdb.com/title/tt0050976/)
Nota: 5,7
Há uns dias disseram-me que viram este filme e a opinião não foi boa. Como me tinha "cruzado" com este filme, e principalmente pelo realizador, já o queria ver. Foi o primeiro filme de Ingmar Bergman que vi mas ainda não desisti.
O facto do filme ser a preto e branco, neste momento não tem uma influência negativa na minha opinião pois já vi grandes filmes nestes tons (o "Pi" é um bom exemplo deste tipo de filmes).
Logo de início atribuí aos diálogos "à época" um ponto de vista teatral para que, mais facilmente, conseguisse não julgar o filme antecipadamente, dando-lhe uma oportunidade, sendo o filme de quem é. Podemos vê-lo como que uma peça de teatro com recursos extras, ou seja, uma peça de teatro vista na televisão, podendo recorrer a planos exclusivos de expressões, por exemplo.
O filme fala da peste negra, que assombrou a Europa em tempos idos fazendo com que a fé e a religião crescessem desmedidamente. Nesta época dos cruzados, em que a igreja estava no seu auge, o fanatismo propagava-se sem esforço, a par com estas desgraças. É de referir as procissões de autoflagelação lideradas pelos padres que "beneficiavam" de toda esta situação previlegiada da religião cristã e que, perante estes momentos de caos, facilmente moviam o povo tais peças de xadrez.
Falando de xadrez, este é um dos chavões do filme visto que toda as pessoas que conhecem ou já ouviram falar do filme referem-no. A base do filme é o jogo de xadrez entre o protagonista e a Morte, uma analogia à luta incessante das pessoas contra este desígnio - até hoje - impossível de escapar.
Resumindo, este filme foca a religião (todas as suas crenças e dogmas), a eterna discussão da Morte (a forma fantasiada como é explroada está interessante) e as crenças, medos e atitudes do povo desta época, perante estas e outras situações.
Tenho de explorar "com peso e medida" mais filmes deste realizador pois acredito que tenha boas obras. Para quem não está habituado a filmes desta altura (como é o meu caso), penso que não devem começar por este.
Nota: 6,3
Outro filme com Ryan Gosling e mais uma vez mantém as características que se lhe estão a tornar inatas: passivo e capaz de violência extrema. Começo a acreditar que fazem filmes destinados a incorporar este "estilo de Ryan Gosling", se já o podemos chamar assim. Agora vamos lá falar do filme...
É um filme parado e estranho. Até aqui tudo bem.
Se quisermos simplificar ao máximo a história, podemos dizer que, basicamente, trata da vingaça de mafiosos ou da luta de mafiosos contra a autoridade. A forma como a história é contada não tem nada de básico, os planos são estranhos e parados com personagens muito peculiares, muitas das cenas são quase que tenebrosas (algumas são-no mesmo). Tem planos muito bons. A forma como as cenas estão organizadas e certos planos mostram que este filme se acaba por encaixar no "cinema de autor", dando azo a várias interpretações. Podemos até falar de fantasia e/ou misticismo sem que isto seja absurdo.
No meu ponto de vista, a base deste filme é o conceito de "justiça pelas próprias mãos", por parte dos mafiosos (como já é habitual) e da autoridade que até a chegar a impor. Este é um tema interessante para se explorar no cinema.
Não tenho muito a dizer em relação a este filme. Penso que pela descrição que fiz facilmente se consegue transformar este filme num Grindhou, obviamente, pelas mãos de Quentin Tarantino.
Este filme ficou muito aquém das minhas expectativas, mas não odiei, apesar de compreender que não goste.
Há que dar mérito a este realizador, Nicolas Winding Refn, pelas cenas de violência - neste e noutros filmes - que tão poucos sabem fazer tão bem.
Det sjunde inseglet (The Seventh Seal) (http://www.imdb.com/title/tt0050976/)
Nota: 5,7
Há uns dias disseram-me que viram este filme e a opinião não foi boa. Como me tinha "cruzado" com este filme, e principalmente pelo realizador, já o queria ver. Foi o primeiro filme de Ingmar Bergman que vi mas ainda não desisti.
O facto do filme ser a preto e branco, neste momento não tem uma influência negativa na minha opinião pois já vi grandes filmes nestes tons (o "Pi" é um bom exemplo deste tipo de filmes).
Logo de início atribuí aos diálogos "à época" um ponto de vista teatral para que, mais facilmente, conseguisse não julgar o filme antecipadamente, dando-lhe uma oportunidade, sendo o filme de quem é. Podemos vê-lo como que uma peça de teatro com recursos extras, ou seja, uma peça de teatro vista na televisão, podendo recorrer a planos exclusivos de expressões, por exemplo.
O filme fala da peste negra, que assombrou a Europa em tempos idos fazendo com que a fé e a religião crescessem desmedidamente. Nesta época dos cruzados, em que a igreja estava no seu auge, o fanatismo propagava-se sem esforço, a par com estas desgraças. É de referir as procissões de autoflagelação lideradas pelos padres que "beneficiavam" de toda esta situação previlegiada da religião cristã e que, perante estes momentos de caos, facilmente moviam o povo tais peças de xadrez.
Falando de xadrez, este é um dos chavões do filme visto que toda as pessoas que conhecem ou já ouviram falar do filme referem-no. A base do filme é o jogo de xadrez entre o protagonista e a Morte, uma analogia à luta incessante das pessoas contra este desígnio - até hoje - impossível de escapar.
Resumindo, este filme foca a religião (todas as suas crenças e dogmas), a eterna discussão da Morte (a forma fantasiada como é explroada está interessante) e as crenças, medos e atitudes do povo desta época, perante estas e outras situações.
Tenho de explorar "com peso e medida" mais filmes deste realizador pois acredito que tenha boas obras. Para quem não está habituado a filmes desta altura (como é o meu caso), penso que não devem começar por este.