O ultimo filme que vi foi:

Antevisão dos filmes mais esperados, críticas, apreciações.

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etiko
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Mensagem por etiko » 09 ago 2013, 14:30

2 Days in Paris(http://www.imdb.com/title/tt0841044/)
Nota: 7

Disseram-me para ver o filme que estava bom em relação a qualquer coisa, não era nada do outro mundo, mas estava bom. Discordo. Em relação aos diálogos, foram dos melhores que vi até hoje, falando de filmes e séries. Vi muito poucos filmes que tivessem um nível tão elevado de qualidade, no que diz respeito a diálogos, ao longo de quase todo o filme, reforço que mesmo quase todo, cerca de 90%. As falas separadas podem nem todas ser espectaculares mas o seu conjunto, com o avançar do filme, ao ir conhecendo as personagens, ao criar juízos de valor e preconceitos, fizeram com que começasse a dar cada vez mais atenção às piadas/bocas/críticas que todas as personagens dizem/fazem entre elas. Não há ninguém que escape, acabam por fazer um pouco de tudo isto entre todos. Muito bom. Esta consistência dos diálogos faz com que o filme passe a correr, dá-lhe um ritmo elevado, embrenhamo-nos na sua acção.
A história é interessante, acaba por dar uma boa lição de moral a quem se identifique com ela. Temos como fundo a romântica cidade de Paris que nos é apresentada de uma forma nada romântica mas sim com muita vida e movimento. É exposta de uma forma sexual, há como que um entra e sai de pessoas, locais e ambientes. Ajuda ainda mais na consistência da questão dos diálogos.
Foi interessante não ter gostado muito do protagonista, Jack (Adam Goldberg), e com o avançar da acção, sem dar por isso, acabei por me "pôr na pele dele", absorvendo todas as piadas/bocas/críticas que lhe eram feitas mas, principalmente, as que tão bem dizia.
Gostei mesmo muito deste filme, adoro bons diálogos!
Última edição por etiko em 13 set 2013, 12:13, editado 2 vezes no total.
luisperez
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Mensagem por luisperez » 11 ago 2013, 21:52

Chronicle http://www.imdb.com/title/tt1706593/?ref_=sr_2

Nota: 6/10

Não gostei do final do filme. Achei meio vazio e incompleto.
Seeing is not believing.
etiko
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Mensagem por etiko » 20 ago 2013, 16:40

Jeux d'enfants(http://www.imdb.com/title/tt0364517/)
Nota: 7,2

Fantástico, tanto como substantivo como como adjectivo. A ideia apresentada começa logo por dar uns pontos positivos à classificação do filme. Baseia-se num jogo em que temos de aceitar o desafio apresentado pelo "nosso rival" (sim, apesar de uma amizade tão profunda, acabei por concluir que a palavra "rival" não é descabida para caracterizar parte da sua relação, visto que pressupõe andar a par com o conceito de derrota), para se recuperar certo objecto, visto como um troféu, digamos.
Juntam a esta ideia dois actores espectaculares, bem como dois papéis muito consistentes. A forma como apresentam as cenas, misturando fantasia no meio do decorrer da acção, serve tanto para suavizar certo tema mais delicado, como para elevar o conceito, de modo a expor este jogo como algo fantástico, elevando-o a um nível fora do alcance da pessoa comum.
Acabam por nos ser dados dois finais que fazem com que possamos dividir as cenas do filme em dois grupos, o real e o fantástico, condicionando sempre as cenas de um grupo ao outro consoante a nossa escolha de final. Isto se ignorarmos a última imagem, pois esta sugere fortemente que cenas devemos agrupar como reais ou fantásticas.
Gostaria de ficar pela opção contrária à sugerida. E fiquei.

Quartet(http://www.imdb.com/title/tt1441951/)
Nota: 6,2

No que respeita ao humor, a personagem do Wilf é a que mais contribui para estes momentos, sendo muito atrevido e consistente na sua aborgadem directa aquando das suas tentativas de beneficiar perante certa situação (desde galantear jovens mulheres a tirar proveito social, dar nas vistas).
É curioso tentar perceber se se esmeraram na caracterização das personagens, de modo a "envelhecê-las", ou se apenas as apresentaram de forma "nua e crua", isto porque certas personagens - como por exemplo Jean Horton (Maggie Smith) - têm um aspecto muito mais "pesado" do que aquele ao qual estamos habituados. Desta forma, torna-se mais real o ambiente de casa de repouso e a dificuldade em lidar com o envelhecimento, principalmente em pessoas que tiveram uma vida cheia de actividade e competição, muitas vezes através da imagem e não só pelo seu talento musical, que é o caso apresentado neste filme.
É focada, levemente, a pressão que os media podem fazer, influenciando, por vezes, o desempenho dos artista. Esta pressão pode fazer com que melhorem numa fase inicial (através da força que se pode obter para derrotar quem nos critica) mas penso que, com o passar do tempo, acaba sempre por ser algo cansativo, desgastante.
Gostei da ponte que fizeram entre a ópera e o rap. Como não estava assim tão familiarizado com a ópera nunca tinha pensado nas semelhanças, interessante.
Última edição por etiko em 25 ago 2013, 10:09, editado 1 vez no total.
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Mensagem por X_Virus » 22 ago 2013, 07:12

etiko, gosto muito das tuas reviews,

:wink:
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Mensagem por Mig@s » 22 ago 2013, 12:42

X_Virus Escreveu:etiko, gosto muito das tuas reviews,

:wink:
O etiko a fazer reviews é sem duvida dos melhores.
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Mensagem por Mig@s » 22 ago 2013, 12:47

http://www.imdb.com/title/tt1905041/?ref_=sr_1

Devo disser que até gostei do filme e ate estava um pouco aprensivo acerca do que ia ver.
Gostei de ver a equipa reunida e mais uma vez gostei das "maquinas" que nos apresentam. Tem pontos positivos como tem de negativos mas algo que me deixou a pensar foi a cena depois dos créditos pois vi o filme Tokyo Drift e nao me lembro de ter acontecido tal cena mas não vou contar aqui pois pode haver pessoal que ainda não viu e eu posso estragar tudo. Recomendo a visualização para os fâs. E agora vou fazer umas pesquisas pelo Tokyo Drift para perceber o que ai vem :)
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Mensagem por etiko » 25 ago 2013, 09:57

Migueloliveira80 Escreveu:
X_Virus Escreveu:etiko, gosto muito das tuas reviews,

:wink:
O etiko a fazer reviews é sem duvida dos melhores.
Agradeço as apreciações. É sempre bom saber que leêm as minhas reviews, pois o objectivo é sugerir filmes e ajudar a escolher. Se passo por más experiências não vale a pena perderem tempo. Como, por outro lado, se vejo algo muito bom tenho de partilhar para o maior número de pessoas ter a oportunidade de usufruir dessa boa experiência.
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Mensagem por etiko » 27 ago 2013, 15:00

Dans la Maison(http://www.imdb.com/title/tt1964624/)
Nota: 8,1

De vez em quando temos sorte e vemos, sem querer, um filme acima da média.
Este filme retrata o evoluir da dependência do professor Germain (Fabrice Luchini) pela escrita do seu aluno, Claude (Ernst Umhauer). Tudo começa com um simples trabalho de casa - um texto a descrever o fim-de-semana - que acaba por se tornar num impingir de textos, que são recebidos de forma voluntária/obrigatória/desejosa/receosa (entre tantos outros sentimentos) por Germain, juntamente com a sua esposa que acaba por se viciar nesta história que CLaude conta - as experiências na casa do seu recente amigo Rafa, primogénito de Rafa e Esther, evoluindo e adaptando a sua escrita de acordo com as dicas que o professor lhe dá e a forma como quer que este (e outros) reaja(m).
O conceito deste filme é algo fascinante, a roçar muito levemente a loucura, excêntrico. Claude é uma personagem muito forte que controla todo o filme através da manipulação das outras personagens, com uma facilidade e engenho que o eleva a personificar o "toque de mestre" deste filme, ou seja, a sua personagem é o eixo em torno do qual gira a acção. Revela que podemos conseguir tudo através de uma manipulação perspicaz, é uma questão de dedicação e objectividade (muita dedicação no desenvolvimento desta capacidade, caso não seja inata). Se usada para o bem não deve ser vista como algo de mau fundo, tendo em conta que a palavra tem toda uma conotação negativa, pois a sua própria definição pressupõe que é utilizada "geralmente em benefício próprio".
Um ponto interessante foi terem apresentado um tipo de arte baseado na descrição de um quadro através de audio, enquanto observamos uma tela vazia, pintando com a nossa imaginação. Já tinha pensado em algo do género, o que comprova que muito dificilmente se inventa algo cem porcento original mas pode-se sempre criar algo como este filme, totalmente bem conseguido.
Fiquei fascinado com o final do filme, qualquer outro teria sido descabido existindo esta opção. Algo que me fez desejar estar presente naquele local com um bloco e uma caneta.
Última edição por etiko em 28 ago 2013, 17:26, editado 1 vez no total.
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Mensagem por etiko » 28 ago 2013, 15:39

Mud(http://www.imdb.com/title/tt1935179/)
Nota: 6,4

Estava à espera de algo melhor, nem que fosse pela fotografia a "puxar" aos anos 90. Pelo facto deste filme ter como protagonistas duas crianças, pelo ambiente onde se insere - um ambiente rural no Arkansas - e, principalmente, pela cena das sanguessugas, acabei por querer algo ao estilo do Stand by me (a cena das sanguessugas pareceu-me uma analogia directa a este filme).
O filme acabou por se revelar um pouco mais superficial do que expectei, centrando-se no fugitivo Mud e na cooperação das crianças para com a sua causa, a qual se baseia numa história de amor. Em relação ao personagem Ellis, tenho a opinião de que este se embrenha nesta causa de forma a compensar a lacuna existente em sua casa, no que diz respeito à relação amorosa (in)existente entre os seus pais. Vê-se também essa falta através da sua atitude perante a relação amorosa por que passa durante este filme.
Não nos são apresentadas personagens muito interessantes (excluindo os protagonistas que desempenham bons papéis) e, de certa forma, assistimos a uma tentativa superficial de filme policial/acção - cenas estas que foram as que menos gostei.
Resumindo, desiludiu-me por querer muito mais mas não odiei. É um filme que se pode sugerir para um domingo à tarde.

Life as a House(http://www.imdb.com/title/tt0264796/)
Nota: 5,7

Cliché. Já usei esta palavra para caracterizar, de uma forma geral, outro filme mas desta vez não a utilizo no bom sentido pois toda a história é contada através de cenas que, pela sua organização e conteúdo, são previsíveis e dentro das "regras". Ou seja, começa por nos ser apresentado o problema principal - um homem que descobre que tem cancro -, o qual muda a sua vida conjugando esta descoberta "com a oportunidade" criada através do seu despedimento. Depois disto basta juntar-se um filho problemático e um desejo pessoal pendente - construir uma casa, ou melhor, destruir a casa onde o pai viveu -, e temos um despoletar de situações que têm como objectivo final acabar com todos os problemas existentes nos cenários das várias personagens - o filho seguir o bom caminho, voltar a ficar bem com a ex-mulher, etc. Mais cliché era impossível, não é péssimo por estes filmes seguirem as regras, tão bem estudadas, que nos agarram ao ecrã (realço agarrar ao ecrã, e não usufruir animadamente do filme). Basicamente é uma história que não trás nada de novo, não sendo péssima, é mediana demais.
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Mensagem por etiko » 05 set 2013, 10:57

Scary Movie 5(http://www.imdb.com/title/tt0795461/)
Nota: 5,4

Eu sabia que não ia ser bom e não foi. Mas quando não se quer pensar nada melhor que um filme destes. O mesmo humor de sempre, podendo-lhe chamar humor "à Scary Movie". Por vezes é bem conseguido mas no geral é exagerado demais. Como novidade, este tipo de humor e o conceito (já explorado mas com a particularidade de se focar maioritariamente no terror) foi bom mas já passaram muitos anos e conseguiram-nos enjoar. Depois de ter visto este filme, estava a passar no canal Hollywood o Scary Movie 2. Acabei por ficar a ver mais de metade deste filme que tem muito mais partes engraçadas. Esta é uma saga que segue a "regra decrescente", do melhor para o pior. Já sabem o que esperar, por isso escolham se querem passar um momento similar a estarem na vossa "nothing box". Eu quis.
Última edição por etiko em 07 set 2013, 10:07, editado 1 vez no total.
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